domingo, 13 de fevereiro de 2011

A REVOLUÇÃO DO POVO

Depois de dezoito dias de intenso protesto, com mais de 300 mortos e cerca de 5000 feridos, o povo conseguiu derrubar um regime que lhes foi imposto durante trinta anos, pelo ditador Hosni Mubarak.

Mubarak assumiu o poder do Egito em 1981, após a morte do presidente Anwar al-Sadat assassinado por integrantes do grupo extremista islâmico Jihad.

Dono do poder absoluto, Mubarak não permitia que nenhuma informação fosse divulgada pela imprensa. Durante seu regime, jornalistas foram presos, torturados, mortos e até mesmo, proibidos de saírem ou entrarem no país. A liberdade de expressão no Egito era uma utopia, onde o que podia ser divulgado pela imprensa, era o que fosse permitido pelo governo ditatorial.

Depois de tantas mortes e perseguições que durante anos vinham sofrendo, o povo foi às ruas dizer basta e lutar por essa tal liberdade. Liberdade essa, que somente era conhecida através do seu significado semântico, mas não conheciam a sensação que ela representava fora deles. Lutaram, protestaram, enfrentaram os militares, com seus carros tanques blindados e fizeram da Praça Tahrir, um verdadeiro campo de batalha, em busca da liberdade que queriam sentir, conhece - lá, e saber qual era a sua verdadeira sensação.

E depois de tantos protestos, prisões, mortes, pedidos para que o ditador deixasse o cargo, foi que no dia 11 de fevereiro, Hosni Mubarak renunciou o cargo para felicidade da nação egípcia. O povo demonstrou sua força, mostrando que quando um povo quer lutar por um propósito, um objetivo e todos resolvem levantar a bandeira pelo mesmo ideal, ele vence.

Analisando a revolução que aconteceu no Egito, podemos perceber que quando há união do povo para lutar em prol de um ideal, se consegue remover até mesmo, um ditador.

É, e muitas vezes, não vemos este interesse nos brasileiros, que outrora iam às ruas lutarem pelos ideais. Ao lermos à história, percebemos a Guerra de Canudos liderada por Antônio Conselheiro. A Independência da Bahia onde os baianos lutaram pela liberdade de seu povo. A ditadura militar na qual, milhares de pessoas foram mortas, e até hoje, muitas se encontram desaparecidas, por lutarem em prol da democracia. Que hoje, tantos desprezam e vai às urnas, votar em qualquer um, dizendo que está dando voto de protesto.

Protestar significa: Insurgir-se contra alguma coisa; reclamar; dar demonstrações de repulsa ou revolta contra alguma coisa.
Comprometer-se solenemente a; afirmar solenemente, prometer.
Professar. Declarar que se tem uma coisa por ilegal.
Ao ler o significado desta palavra, muitas vezes banalizada, podemos perceber que o ato de protestar vai além de simplesmente, colocar um nariz de palhaço e sair para fazer zoada e atrapalhar o trânsito da cidade.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ondas de violência assustam o Brasil

Por Acácia Filgueiras

Vários acontecimentos nesta semana me fizeram pensar “como será o futuro do nosso país, de nossos filhos?” Diante de tanta violência, medo e dor.

No Rio de Janeiro, bandidos atiram fogo em carros e ônibus, trazem terror para a população. Cenas como se fosse de um filme de ação, assistir pelos telejornais está semana. Meus olhos viram cenas, que o meu entendimento custou acreditar, se de fato o que eu via eram realidade.

Em Salvador, não foi diferente, adolescentes foram decapitadas, criança assassinada dentro de casa enquanto se preparava para dormir.

Notícias como estás, cada vez mais, têm sido comuns de serem noticiadas pela mídia. E a população cada dia mais, refém da violência e do medo.

Até quando vamos viver assim?

A sociedade clama por soluções e diz basta há tanta violência.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A BAHIA SE ORGANIZA PARA SEDIAR A COPA DE 2014

Por Acácia Filgueiras

A Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa do Mundo 2014 (Secopa) realizou nesta sexta-feira (19/11), uma Sessão Especial proposta pelo Deputado Estadual Álvaro Gomes (PCdoB), para apresentação do Plano Diretor da Copa 2014. Na oportunidade, foram discutidas propostas para viabilizar a cerimônia de abertura ser realizada na Bahia.

O evento aconteceu na Assembléia Legislativa do Estado, no CAB, e foi aberto pelo Presidente da Assembléia Marcelo Nilo, e contou com a presença de representantes de diversos setores da sociedade e autoridades, dentre eles: o Secretário de Secopa, Ney Campello, o Coordenador do ECopa, Leonel Leal, o Vice Presidente da FBF, Manfredo Lessa, o Secretário Estadual da Cultura, Márcio Meirelles, os Deputados Federal Alice Portugal e Daniel Almeida e outros.

O Deputado Estadual Álvaro Gomes, ressaltou o empenho dos deputados estaduais na aprovação das verbas destinadas às obras para a Copa, e da importância destas obras para o desenvolvimento do Estado, dando melhor qualidade de vida para população, na geração de emprego e renda.

O Secretário Estadual da Cultura, Márcio Meirelles salientou a riqueza cultural da Bahia e da contribuição da cultura neste processo de conquista para sediar a Copa. O Coordenador do ECopa, Leonel Leal, declarou que a realização da Copa na Bahia é um desafio e também uma oportunidade de crescimento. Ressaltou a importância do trabalho coletivo entre os Governos Municipal, Estadual e Federal. Afirmou que o Plano Diretor feito pelo Município busca planejamento urbano visando solucionar problemas nas áreas de segurança, mobilidade urbana de forma sustentável.

O Deputado Federal Daniel Almeida, destacou que faz parte da democratização, a Bahia sediar a Copa de 2014 e declarou que o Estado possui diversos atrativos para viabilizar este acontecimento.

A Deputada Federal Alice Portugal defendeu que a Bahia merece sediar a Copa de 2014, porque “tudo começou aqui”.

O Plano Diretor para a Copa apresentado, hoje, foi elaborado em conjunto com as secretarias e os projetos fazem parte do planejamento do governo do Estado para a Copa do Mundo de 2014.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Seca e a Politica do faz de conta

Por Acácia Filgueiras

A seca é um grave problema que acontece na região sertaneja, devido ao clima quente e seco. É um agravante para o sofrimento de milhares de pessoas, quase que esquecidos no sertão do Brasil. Somando-se a isso, existem as questões socioeconômicas e políticas, presentes no país desde a época das capitanias hereditárias.
E como uma forma de aliviar a “consciência”, o governo tem criado várias medidas emergenciais para amenizar a problemática da seca, verdadeiros paliativos para o povo sofrido. Estas são usadas em caso de calamidade pública que servem somente para protelar a decisão do problema. Isso quando as tais “ajudas
conseguem chegar a seu verdadeiro destino. E quando chegam, são destinadas a outros fins.

Um exemplo de política social são os empréstimos financeiros a juros baixos e pagamento em longo prazo destinado aos pequenos produtores, mas são os grandes produtores de terras que se utilizam desse beneficio para aumentar seus investimentos e propriedades, e os políticos da região, fazem uso deste beneficio para se auto promoverem e com isso, manter-se no poder. Enquanto que os mais necessitados se contentam com cestas básicas, para alimentar toda sua família.
Será dessa maneira que solucionaremos o problema de anos? Dando cestas básicas? Bolsa Família? Que quase sempre não chegam às mãos de quem realmente precisa. Isso não funciona! O governo precisa rever essa “política de faz de conta”. Ele faz de conta que solucionou o problema e o povo faz de conta que resolveu.


Jornalismo no blog ou Blog no jornalismo

Por Acácia Filgueiras
Blog é um meio adequado para o jornalismo? Está é a pergunta que não quer calar. A maioria dos profissionais de jornalismo responde não a esta pergunta, enquanto outros criaram blogs e muitos os incorporaram às suas edições online.
Aqueles jornalistas que têm usado muito esta ferramenta, o fazem por se sentirem à vontade em expressar suas opiniões, idéias e questionamentos. Longe de seus editores, eles escrevem o que pensam, e tem liberdade de opinar sobre tudo, gerando e levantando muitas vezes, questões polêmicas. Por se exporem de forma tão explícita, tornam-se alvo de críticas e às vezes são punidos com a retirada de suas páginas da rede.

Alguns utilizam do blog como um espaço para se levantar boatos, que logo são passados adiante como notícias verdadeiras, chegando até às páginas dos jornais. O que em conjunto com outras discussões, têm sido alvo de diversos estudos, onde são problematizadas várias questões, inclusive sobre a importância nas formações de comunidades, a interatividade e acessibilidade dos internautas.

O Blog, portanto, não deve ser visto apenas como um diário para adolescentes, como pensam alguns, mas uma ferramenta que têm conquistado o seu espaço no meio jornalístico.

Do Glamour à Decadência

Do Glamour à Decadência
Por Acácia Filgueiras

Outrora, tempo de luxo e sinônimo de status, o Passeio Público era o lugar de lazer da alta sociedade baiana, ou antigo Jardim Botânico como era reconhecido. Por conter, suas estátuas de mármore português esculpidos com perfeição, árvores centenárias em toda a sua extensão e pedras portuguesas, que calçavam todo o passeio, este local era o mais frequentado entre os séculos XVIII, à meados do século XX. Hoje, o desprezo e a falta de cuidado público são as marcas conhecidas no local.

Obras de artes, como o chafariz e as estátuas de mármore lapidados com esmero, expostas a céu aberto não recebem nenhum tipo de manutenção e são destruídas pela ação do tempo e de vândalos, que usam o espaço para consumo de drogas e tornou-se abrigo de moradores de rua.

Quem frequenta hoje esse local, são aqueles que se dirigem ao Teatro Vila Velha que passou a funcionar em 1959 ,quando inaugurado, além das pessoas que voltam ao lugar, para relembrar os tempos dourados do Passeio Público, na maioria das vezes, são casais, que usavam o jardim, para namorar, e alguns moradores do Campo Grande e adjacências.

Segundo a direção do local, tanto o Passeio Público como o Palácio da Aclamação, antiga morada dos governadores do Estado da Bahia, passará por reformas. Inicialmente estão sendo feitos reparos emergências no Palácio e sem data prevista no Passeio. Mas enquanto isso teremos, que nos contentar com bancos quebrados, falta de segurança e com a má conservação do lugar.

BAHIA, TUDO COMEÇOU AQUI

O início do cenário político baiano confundiu-se com os primórdios da política brasileira. A Bahia foi sede da colônia, por anos, desfrutando do famoso desenvolvimento, na visão dos colonizadores. Daqui partiam todas as decisões políticas para o Brasil, reproduzindo os comandos de Portugal. Nesta época, a Bahia possuía a maior influência no cenário nacional, e vivia um período áureo em relação às outras regiões do país.

Com a mudança da sede da colônia para a cidade do Rio de Janeiro, a Bahia perdeu o seu destaque nacional. Os grandes investimentos, com a chegada da Família Real ao Brasil, restringiram-se ao Rio de Janeiro. Uma enorme perda econômica e política para a Bahia, pois a partir de então os comandos da política brasileira desenvolveu-se na região sudeste.

Apesar da forte influência da monarquia na Bahia, ideais abolicionistas permearam nossa história, destacando o ilustre nome de Rui Barbosa. Sua defesa pelos negros alcançou o âmbito nacional. Mas mesmo hoje, a população negra, maioria no Estado, tem poucos representantes na esfera política.

A política nas primeiras décadas da República Baiana esteve nas mãos dos coronéis do cacau, que ditavam suas leis, e formavam seus filhos “doutores’ dos quais muitos lograram cargos políticos. Um cenário propício para a futura ditadura. Pois a República Baiana não era “do Povo para o Povo”. Com o descontentamentos da República surgiram revoltas, como a Guerra de Canudos, que foram brutalmente sufocadas. A República nos foi imposta, porém não ensinada.

Com o Golpe Militar no Brasil, surgiram novos nomes na política baiana, porém defendendo os mesmos interesses da elite, como o nome do Interventor Juracy Magalhães.

O coronelismo de outrora, tornou-se sinônimo da política contemporânea brasileira, onde os velhos “caciques”, crias da Ditadura, dominam ainda o cenário político nacional, inclusive o baiano, com a figura de Antônio Carlos Magalhães. Aos poucos o coronelismo vem sendo abalado por ideais de renovação. Assim para continuarem no poder, o “velho” se transfigura de “novo”, até mesmo, mudando as siglas dos partidos, como por exemplo, a atual troca do PFL por DEM.

Atualmente, a Bahia passou por algumas mudanças no âmbito político, o império da famosa Direita baiana foi tremendamente abalado com derrotas sucessivas do antigo PFL, nas esferas municipais, estadual e até nacional. O velho “cacique” baiano, ACM, foi perdendo a sua influência sobre a Bahia nos últimos anos de sua vida, mas deixou seu neto para dar prosseguimento político à família, lembrando o período das Capitanias Hereditárias e a Monarquia. Esse princípio do Brasil Colônia, do poder político passado de pai para filho, é muito comum de se ver na Bahia, desde vereadores a altos cargos políticos.

Hoje a política baiana não tem grande influência no cenário nacional. O clima político de algumas cidades do interior baiano é tenso. A troca de favores e venda de votos, ainda é uma prática no Estado. A corrupção na política brasileira é um fato conhecido mundialmente, e infelizmente na Bahia não é diferente, apesar de não ser tão exposta pela mídia ou pelas investigações federais. Sair deste caos parece ser impossível, mas a esperança de uma Bahia que politicamente defenda os anseios do povo, com ética e sem corrupção, é uma construção longa e árdua que se começa com uma fundação sólida, e compete a nossa geração começá-la.